O estrangeiro de Albert Camus, fala de um argelino de nome Meursault. Ele recebe a notícia da morte de sua mãe, que há tempos morava em um asilo. A notícia vem com indiferença, ele está mais preocupado com o que pensa seu chefe.
Após o enterro começa a namorar com Marie, uma ex-colega de trabalho. A trama segue de forma insólita onde ele se envolve em uma trama de vingança que acaba levando ao assassinato de um árabe em uma praia.
A segunda parte do romance é o julgamento deste crime.
Camus sempre viu a morte como um fim injusto para a vida. Um fim que lhe tira o significado.
Neste romance, Meursault mata e não carrega nenhum remorso consigo, o que deixa seus acusadores perplexos.
Esta situação faz lembrar o “Crime e Castigo” de Dostoievski, onde Raskólnikov tem um comportamento parecido com o de Meursault.
Em ambos os casos a morte é banal, sem sentido. Meursault chega a dizer que matou o árabe por causa do sol!
Apesar de não gostar do rótulo de existencialista, Camus frequentemente traz diversas questões à tona em seus romances. A morte é uma delas. Que sentido isto tem? Para onde ela nos carrega? Seremos depois de tudo somente um pouco a mais de minérios na terra adubando plantas ou servindo Deus sabe-se lá para o quê? Deus?
Esta é uma questão que muitos jogam para a fé ou para alguma pseudociência absurda que explica que morrer não é um fim.
Mas a realidade é que não sabemos nada sobre isso, se houver, pode ser qualquer coisa, até coisa alguma.
Albert Camus
Camus nasceu em 7 de novembro de 1913 em Mondovi na Argélia. Seu estilo destaca o isolamento do homem, o absurdo da vida e da condição humana.
Romancista, dramaturgo, ensaísta e filósofo, perdeu seu pai na primeira guerra mundial, menos de um ano depois do seu nascimento.
Estudou os clássicos franceses e a política de esquerda, atuou durante algum tempo no partido comunista Argelino.
Na segunda guerra Camus foi para a França juntar-se ao movimento de resistência à ocupação alemã, trabalhando como editor do diário parisiense clandestino Combat.
“O estrangeiro” foi o seu primeiro e mais celebrado romance.
Camus e Sartre
“O estrangeiro” reflete vários pontos de vista expressos no romance “A náusea” de Sartre. Eles se conheceram em Paris em 1943, na estreia da peça de Sartre “As moscas”. Eles e Simone de Beauvoir se encontravam em no Café de Flore, na Rive Gauche, para trocar ideias. No entanto a política acabou por separar os dois.
Mais tarde, porém, Sartre escreveu sobre a morte prematura do amigo mostrando o imenso respeito que ele tinha por Camus.
Camus faleceu em 1960 em um acidente de automóvel.
Abaixo, O estrangeiro. Uma boa leitura!
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