Eros Ex Machina – Robôs sexuais – Organização Luiz Braz

Eros Ex Machina é uma antologia de contos eróticos futuristas. Robôs sexuais se mesclam a sociedade, como um vírus que se alimenta ou nos alimenta de libido.

Sempre pensamos no fim da humanidade através de guerras, invasões alienígenas, pragas desconhecidas ou cataclismas inevitáveis.  Mas não seria o nosso fim vindo através de nossos vícios, nossas dependências?

Nesta antologia, o que predomina é uma distopia de um mundo onde os robôs, ora escravos, ora peças cruéis de programação insensível, deforma a nossa ciência e nos reverte a posição de escravos.

Criamos o lobo que nos devora, que nos mastiga. E no fim gostamos.

Em “O Primogênito” a máquina se funde ao homem e cria um ser, um filho do orgânico e do virtual. Será que já não existem exemplares desta espécie viajando em telas de celulares pelo mundo à fora?

O sexo também pode ser uma faca de dois lados. Em “Desbragado” um robô detetive perde o rumo em uma investigação. O amor também corre nas veias elétricas impulsionado por transístores e raciocínio positrônico.

O conto que mais me deixou incomodado (leia-se que é muito bom) foi o Wild Wild Wendy, onde a máquina é máquina, infindável em sua missão, pelo menos enquanto houver bateria. E o homem, a carne, que se consome, que apodrece e volta para a natureza como pó.

E como estamos no Brasil, não poderia deixar de ter um robô corintiano!

 

Nós Robôs

Não me divertia com histórias de robôs desde Asimov. Óbvio que as histórias aqui têm outra programação, são vários escritores com vários pontos de vistas, vários estilos. Há até um sotaque nordestino nos contos. Amores que nascem e morrem em um segundo, regados a chamas.

Há visões românticas e olhares políticos sociais, o robô pode ser ciente de sua existência. E isto o faz de certa forma humano, e por consequência com direitos?

Muitas das questões apresentadas nesta antologia já foram levantadas por outros escritores de ficção científica. O grande diferencial aqui é a brasilidade existente em cada linha e a visão século vinte e um que tudo contesta, tudo pode e nada pode.

Estamos vivendo uma época de transição e isto está impregnado nos textos, no cotidiano, na orgia de ideias e pensamentos que carrega todo o início de um novo século.

Onde isto nos levará? A máquinas, a homens, a mulheres, a mulheres-homens, homens que são mulheres, a gêneros novos, e velhos com novos nomes.

Hoje somos mutantes de uma nova era de bits, nuvens, sexo onde Eros está travestido de Tanatos, que por sua vez se revelou assexuado.

Amor e ódio, sexualidade a agressividade, Vida e morte. Estendemos nossos eletrodos e catalisamos uma existência virtual, além da nuvem, além dos códigos. Onde a morte enganada, veste seu casaco, coloca seu chapéu e vai dar em outras bandas.

Eros Ex Machina, Fiat lux!  século XXI. Comecem na primeira página, terminem daqui a mil anos e voltem para me contar como que é lá!

Boa leitura!

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