Rubem Fonseca é um dos mais originais escritores modernos. O seu livro “O buraco na parede” foi escrito em 1995, são oito contos que retratam as diversas facetas de um universo tão bizarro quanto a própria realidade.
O Buraco na parede é uma espécie de lente que retorce e transforma a visão do cotidiano. Ou pelo menos parece transformar. Ao ler as histórias, percebemos que não há só uma transformação, mas também há uma reconstrução de situações que podem realmente existir.
Não é uma ficção no sentido de se beirar o absurdo. O absurdo aqui é a sua semelhança com o que vemos através do buraco estreito das mídias.
O buraco na parede pode ser uma transposição de nossa visão do que parece estar além.
De um noticiário perdido em um canal sensacionalista.
O conto que dá o nome ao livro fala de um menino, que vai morar em uma pensão.
O se quarto, que é um cubículo, possui um buraco, que faz com que ele veja o quarto de uma menina de 16 anos, Pia.
Situações inusitadas e personagens únicos e complexos culminam em um pedido de Pia, para que ele cometa um assassinato.
Rubem Fonseca
José Rubem Fonseca nasceu em Juiz de Fora em 11 de maio de 1925. É contista, romancista, ensaísta e roteirista.
As obras de Rubem Fonseca geralmente retratam, em estilo seco e direto, a luxúria e a violência urbana.
A história através da ficção é também uma marca de Rubem Fonseca, como nos romances Agosto em que retratou as conspirações que resultaram no suicídio de Getúlio Vargas.
Abaixo, o livro “O Buraco na parede”.
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