Um guia que faltava sobre a atual Capital Mundial do Livro
A autora lembra que Buenos Aires tem uma sólida tradição livreira, favorecida pela imigração europeia, principalmente de editores espanhóis que deixaram seu país durante a guerra civil (1936-1939). Hoje, as livrarias estão espalhadas por todos os lados e atendem aos mais diferentes interesses. A cidade tem uma livraria para cada seis mil habitantes e o negócio faz parte da identidade portenha, ocupando desde grandes espaços, à semelhança das megastores brasileiras, até locais pequenos e acolhedores. “Em Buenos Aires, o hábito da leitura é muito difundido; ler não é percebido como algo para iniciados, é para qualquer um. As pessoas estão sempre lendo, nos cafés, no metrô, no ônibus, nas praças, e em casa! Os cafés portenhos são uma tradição que infelizmente não existe no Brasil. São templos do ócio, mas daquele ócio criativo, que pode ser dedicado a uma boa conversa e à leitura. Os cafés também são usados como espaço de trabalho, para fazer entrevistas, responder e-mails etc., mas antes disso são espaços voltados para a leitura”, diz a autora.
Adriana conta que a ideia de escrever o guia surgiu depois que ela publicou uma matéria sobre as livrarias portenhas na extinta revista Lugar, da Folha de S. Paulo, em junho de 2009, e ganhou força justamente após a indicação de Buenos Aires pela Unesco, no final de 2009. “Fora isso, adoro as livrarias de Buenos Aires e percebi que muitos brasileiros também, mas no Brasil não havia um guia específico”, acrescenta. Embora hesite em indicar sua livraria preferida ou sugerir uma loja ao turista brasileiro (“Esta pergunta é bem difícil de responder!”), Adriana cede à escolha de uma livraria que “une livros, beleza, café, comida e internet, ou seja, um pouco de tudo”, a Eterna Cadencia, situada em Palermo Hollywood. “O ambiente é muito charmoso e dá para passar horas a fio. O café também serve almoço durante a semana e dispõe de WiFi. A oferta de livros é bem variada e há uma boa seção de títulos em inglês. Uma sala com sofás no páteo ao fundo é um convite para a leitura”, resume.
Sucesso também na Argentina
Depois do lançamento de 50 Livrarias de Buenos Aires no Brasil, em outubro de 2011, Adriana Marcolini e o fotógrafo Alejandro Lipszyc apresentaram a obra em novembro aos protagonistas do guia, os livreiros portenhos. “Todos foram convidados e boa parte deles compareceu. Os que estavam presentes ganharam um exemplar. O vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Bernardo Gurbanov, argentino radicado no Brasil, também participou da mesa, e falou sobre as políticas de promoção do livro no Brasil e a situação da leitura no país. Organizei este evento em parceria com a Fundação Centro de Estudos Brasileiros (Funceb), um órgão vinculado à embaixada do Brasil na Argentina, que oferece cursos de português, biblioteca, galeria e auditório. Foi muito bom. Alguns dias depois recebi vários e-mails de agradecimento dos livreiros”, conta Adriana, que se tornou amiga de alguns deles.
Saiba mais sobre a publicação no blog: http://www.cinquentalivrariasdebuenosaires.blogspot.com/
50 Livrarias de Buenos Aires, Adriana Marcolini, Fotos de Alejandro Lipszyc. 160 páginas / R$ 35,00
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