Esperando Godot – Samuel Beckett

Todos os dias, em uma estrada em lugar algum, ao lado de uma árvore solitária, dois homens, Vladimir e Estragon esperam.

Esperam pelo protagonista, alguém que nunca aparece. Godot, é mais que um personagem, ele é um significado, um motivo, um objetivo.

Seu significado, criado na ausência, por não ser visto, é desproporcional, é vasto.

Em meio a espera, os dois vagabundos acham uma forma de matar o tempo. Jogos, conversam um com outro até a exaustão, mesmo sem terem nada a dizer. Tudo o que fazem darem a si a impressão de existir.

Dois dias e a espera continua. Chega Pozzo e Lucky: um patrão e seu escravo carregador. No primeiro ato, Pozzo revela sua crueldade para com Lucky.

Lucky por sua vez, desconstrói os pensamentos em um monólogo verborrágico.

Quando estes voltam no segundo ato, Pozzo está cego, Lucky mudo. Ao fim de cada dia, um mensageiro sem nome traz um recado de Godot. Por ser passageiro e sem nome, aprofunda ainda mais, a ausência de Godot.

Os dois que esperam só tem certeza da própria espera, de resto, o silêncio de uma resposta que nunca virá.

Beckett brinca em sua peça, com a vida, a dualidade de existir. O jogo da vida, ou a espera do jogo.

Esperando Godot é um clássico contemporâneo, em todo momento está implicito que o fim virá, que o jogo irá acabar. Quando? Esta é a incerteza do jogo, da espera, de existir. Sabemos que existir é uma regra, com um fim certo.

 

Samuel Beckett

Samuel Beckett nasceu em Dublin em 13 de abril de 1906. Foi um dos escritores mais influentes do século XX.

Muito influenciado por James Joyce, pode ser considerado o último dos modernistas, mas há quem diga que ele foi um dos primeiros pós-modernistas.

Seu trabalho, chamado de “Teatro do absurdo”, tornou-se cada vez mais minimalista no decorrer de sua carreira.

Recebeu o Nobel de Literatura de 1969. Suas obras foram marcadas por uma riqueza metafórica, privilegiando uma visão pessimista do ser humano.

Sua obra mais famosa tanto no Brasil como em Portugal é a peça Esperando Godot. Foi a primeira peça de teatro escrita pelo dramaturgo escrita originalmente em francês, foi publicada pela primeira vez em 1952 e apresentada no pequeno Théâtre Babylone em Paris, com direção de Roger Blin (1907-1984).

O Brasil foi o segundo país a ter uma montagem deste texto, com a direção de Alfredo Mesquita, em 1955[1]. É considerado um dos principais textos do teatro do absurdo e a principal obra de Samuel Beckett.

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